PowerPlay 杂志

Na semana em que começam as eliminatórias para o Campeonato Mundial de handebol da T14 conversamos um pouco com o técnico da seleção sub-19 e gerente de uma das principais equipes do país. Com vocês, Thunder7.

Bem, primeiramente, se apresente aí pra galera que não te conhece.

Eu sou o Thunder7, também conhecido como Maycon.Tenho 32 anos, sou engenheiro eletricista, e moro no interior do Paraná.

Você tem um dos principais times de handebol do PPM brasileiro. O handebol é seu esporte favorito por aqui? Tem uma relação íntima com o esporte ou simplesmente as coisas deram mais certo do que nos outros?

Sim, o handebol se tornou meu esporte favorito por aqui. Comecei no futebol, mas quando lançou o handebol a experiência do futebol fez com que gerisse melhor o time por aqui, alcançando melhores resultados. Relação íntima na verdade tenho com o basquete, jogo desde as categorias menores e ainda me aventuro de vez em quando em algum campeonato por aqui.

O que você acha do formato do handebol do PPM, com todos esses turnos? Mudaria alguma coisa? Melhor ligas maiores como no futebol, temporadas mais curtas e intensas como no basquete... Diz aí?

Acredito que a fórmula é boa. Porém temporadas menores trariam mais competitividade. Hoje um iniciante na modalidade precisaria de pelo menos 2 anos pra conseguir equilibrar com equipes tops. Acho que essa é uma razão de tão poucos usuários no jogo no Brasil.

Você revelou o casal 20 da armação da seleção sênior, Frias & Winter, e tem outros dois bem promissores. A AE de Thunder city tem algum segredo pra revelar armador?

Bela dupla mesmo. Fizeram parte de praticamente toda a história do time no PPM, com certeza irão para o Hall da fama do clube. Segredo a princípio não tem, é usar a máquina do jogo de maneira correta. Ter uma AE em nível elevado e manter o treinamento juvenil próximo de 100% faz com que toda a semana as chances de receber bons jogadores sejam grandes. Investir na AE deve ser prioridade no jogo. Esses jogadores novos podem não entrar no time de imediato, mas com o treinamento correto vão ajudar muito a equipe em quadra no futuro ou até mesmo serem vendidos numa possível transferência  milionária. Precisamos que as equipes brasileiras invistam nisso.

Agora falando sobre a Sub-19, vamos para a quarta temporada à frente da seleção. Algum momento bacana nessa trajetória que queira compartilhar?

O melhor momento da Sub-19 foi a T11. Chegamos as quartas e perdemos por um gol da Croácia. Detalhe com o nosso pivô defensivo expulso no início do segundo tempo. Fica aquela sensação até hoje de que poderíamos estar entre as 4 melhores do mundo.

O que dizer da seleção pra essa temporada? Pontos fortes? Pontos fracos?

A Sub-19 perdeu muita força. Várias equipes tops brasileiras inativaram. Isso reduziu muito a quantidade de jogadores vindo da base. Temos sempre uma ou duas posições fortes. E no resto a equipe deixa a desejar. Um exemplo nesta temporada é nossa defesa, esta top... forte, de nível europeu (exceção dos goleiros que são muito fracos)... Mas o ataque é uma lástima. Fica difícil trabalhar com poucas peças pra U19 com qualidade.

E o que dizer do nosso grupo nas eliminatórias?

 Nosso grupo deveria na teoria ser fácil. Bem menos complicado que em temporadas anteriores, porém como o nível da seleção caiu muito acredito que teremos bastante dificuldades. Pelos jogadores do plantel temos uma Espanha superior e uma Lituânia muito aquém das demais seleções. No resto há uma grande similaridade entre as equipes.                       

Expectativa é de classificação, mas a vaga será bem mais sofrida nessa T13.

O Irã foi uma das gratas surpresas do handebol na temporada passada. O que dá pra tirar de benéfico do titulo deles pra nós?

A campanha do Irã foi fantástica. Uma equipe não europeia conseguir este feito é extraordinário. Isso é fruto exatamente de um trabalho de base bem realizado. Procuro seguir um caminho similar por aqui, onde mapeio e observo todos os jovens jogadores brasileiros. Verificado que o mesmo tem potencial é acompanhado o seu desenvolvimento de perto. Se o treino está errado ou o desenvolvimento está abaixo do esperado tento enviar mensagem ao dirigente do clube para corrigir o programa de treinos ou até mesmo por o jogador a venda. Em alguns casos obtenho sucesso. Mas na grande maioria não obtenho resposta e o jogador é perdido.

Foi um prazer fazer essa entrevista. Algumas considerações finais?

Enfim, espero que tenham gostado da entrevista, agradeço a todos que votaram na minha pessoa para técnico da U19, e sempre que tiverem dúvidas com relação a treinos ou como desenvolver o time estou à disposição para ajudar na medida do possível. Um grande abraço!!