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A vida de um jogador


Vem isto a propósito de um desafio que há muito me assola e que só agora tive oportunidade para enfrentar, mais especificamente “se o atributo defesa for maior do que os outros, deverá o jogador ser um defesa?”. E quem diz defesa diz qualquer outro.

O que de inicio pareceu uma pergunta trivial e de fácil resposta, depressa se mostrou cheia de nuances e meias respostas. Sentei-me de papel e lápis na mão, e enquanto seguia a etapa da volta à França em bicicleta, escrevi a primeira regra de pensamento.

1º O melhor treino é aquele que se adequa às qualidades dos atributos do jogador.

Parece óbvio, e de facto é, mas com mais algum tempo passado em contemplação verifiquei que nem sempre o treino que melhor se adequa às qualidades dos atributos é a melhor opção. Na verdade o valor dos atributos também têm de ser tidos em atenção, o que me levou a descartar a primeira regra e a começar de novo.

1º passo – definir quais os meus programas de treino.

Por uma questão de facilidade defini os meus programa de treino numa base 100, ou seja se o atributo primário é 100, os atributos secundários deverão ser 50 (isto porque segui a norma que diz que o melhor rácio é 2.1.1). No caso dos defesas também defini um valor para a técnica, e para todos excepto os guarda-redes defini um valor para o remate.

2º passo – saber quanto tempo demora a elevar o atributo principal em uma unidade mantendo o rácio.

Como utilizei uma base 100 para os rácios, este passo mostrou-se relativamente fácil, salvo alguns erros normais para qualquer um que partilhe a minha capacidade matemática. Se eu dividir o valor do programa de treino pela qualidade do atributo tenho o tempo necessário para elevar esse atributo.

Exemplificando, quando aplico o programa de treino de guarda redes (rácios: 100 para guarda redes, 50 para passe e 50 para técnica) ao jogador seguinte:

5769 8499 5479 6745 7487 6671 6447

Verifico que para elevar o valor 57 para 58 preciso de 1,45 dias (100/69), para elevar 74 para 74,5 preciso de 0,57 dias (50/87) e para elevar o 66 para 66,5 preciso de 0,70 dias (50/71). Concluindo, para elevar o valor do atributo principal em uma unidade, mantendo o rácio do treino de guarda redes preciso de 2,72 dias (1,45+0,57+0,70).

Feitas as contas para cada um dos programas de treino fico com uma tabela onde cada programa tem um custo de dias, onde o programa com o menor valor será o melhor para o jogador, ou pelo menos foi esse o primeiro pensamento que atravessou o meu cérebro.

Tinha caido novamente no erro da primeira regra de pensamento. Esse é sem dúvida o programa de treino mais eficiente (neste caso o treino de guarda redes era o mais eficiente), no entanto o valor de outro atributo pode ser tal que torne esta opção ineficaz.

3º passo – arranjar uma forma de combinar a qualidade dos atributos e respectivos valores para definição do melhor programa de treino.

Este ponto foi o que me levou mais tempo. Devo confessar que depois de o resolver fiquei até embarassado com a simplicidade da solução, solução essa que estou certo já descortinaram nos breves momentos necessários para ler estas linhas.

Primeiro era preciso definir um tempo razoável de treino comum a todos os programas. Por questões de simplicidade decidi usar uma época completa, ou seja 112 dias.

4º passo – calcular a versão do futuro do jogador para cada um dos programas

Voltando à tabela criada no segundo passo determinei os atributos do jogador após 112 dias de treino em cada um dos programas da seguinte forma:

O jogador anterior precisa de 2,72 dias de treino de guarda redes para subir o atributo principal em uma unidade e cada um dos atributos secundários em meia unidade. Isso significa que após 112 dias eu conseguiria subir o atributo principal em 41,2 unidades (112/2,72) e os atributos secundários em 20,6 cada um. Procedendo de igual forma para cada um dos programas de treino pude comparar as versões deste jogador no futuro para cada um dos programas de treino, verificando que ao fim de 112 dias ele seria melhor como defesa.

Conclusão, este jogador é um defesa … ou será que não?

Eu não teria escolhido outra opção mesmo que só olhasse para as características deste jogador, apesar de na minha tabela o treino de guarda redes ser o mais eficiente, mas a verdade é que ele será melhor guarda redes do que defesa ao fim de duas épocas. Poderão argumentar que para isso terei de esperar duas épocas até que ele seja melhor guarda redes do que defesa.

5º passo – ter em conta a idade e longevidade do jogador na escolha do treino.

No caso do jogador anterior, se ele tiver 27 anos e uma longevidade 1/6 está fora de questão treina-lo de outra maneira senão como defesa, pois mais vale usar o presente do que um futuro que poderá nunca chegar. Mas se ao invés ele tiver 15 anos e uma longevidade 6/6 estou certo que todos concordarão que valerá a pena investir 2 épocas para ter um melhor guarda redes.





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