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Os Malefícios do Tabaco


Os Malefícios do Tabaco

 

 

 

   Fumar tem sido considerado um dos maiores perigos para a saúde no século XX e é tido como a principal causa evitável de morte. Direta ou indiretamente, o cigarro é responsável pela morte de muitas centenas de milhares de pessoas todos os anos - mais do que total de morte por SIDA, alcoolismo, toxicodependência, acidentes de automóvel, incêndios, assassínios e suicídios. E estes números não incluem as mortes atribuídas a outros produtos do tabaco: charutos, cachimbo, rapé e tabaco de mascar. Por isso, deixar de fumar tabaco, fumado ou não, é a melhor coisa que pode fazer para proteger a saúde.

   FUMAR É UM PERIGO PARA O CORAÇÃO

   Embora grande parte da informação difundida pela imprensa acerca dos cigarros tenda a concentrar-se na nicotina como o agente mais lesivo do tabaco, esta substância química só é responsável pela dependência que causa. Muito mais grave é o facto de que, quando o tabaco é queimado "a extremidade incandescente de um cigarro aceso atinge 925ºC", decompõe-se nos seus elementos químicos, a partir dos quais se formam compostos letais. Entre estes, estão o amoníaco, a acetona, o formaldeído, o cianeto de hidrogénio e cerca de 4000 outros constituintes químicos agressivos, venenosos, mutagénios, gases que afetam os nervos e mais de 40 tipos de agentes carcinogénicos. E uma vez que todas estas substâncias químicas são libertadas para o ar ambiente, afetam também as outras pessoas presentes (fumadores passivos).

   Entre os efeitos mais devastadores do tabaco estão os causados ao coração. Todos os anos, muitos milhares de pessoas morrem como resultado de doença cardíaca relacionada com o tabaco. Além de aumentarem a tensão arterial e a frequência cardíaca, muitas substâncias químicas presentes no tabaco também aumentam o colesterol «mau» (LDL) e diminuem o colesterol «bom» (HDL). Ao mesmo tempo, diminuem o calibre das artérias, reduzindo o fornecimento de sangue e oxigénio a todos os órgãos, com especial destaque para o coração, órgão responsável pela circulação. Como se isto não fosse suficiente, a combustão do tabaco dá origem à libertação de um resíduo químico que afeta o revestimento interior das artérias, tornando o sangue mais «espesso». Desta forma, aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos e, consequentemente também, de modo dramático, o risco de ataque cardíaco e enfarte do miocárdio.

   Para quem já sofre de hipertensão arterial ou colesterol elevado, fumar tabaco, sob qualquer forma, acarreta riscos muito elevados de incidência de ataque cardíaco.

    CANCRO DO PULMÃO, E NÃO SÓ

  Fumar está bem caracterizado como a principal causa do cancro do pulmão: 87% das mortes por cancro do pulmão são atribuídas ao tabaco. Entre as mulheres, a taxa de cancro do pulmão aumentou 400% desde 1950. Além disso, o tabaco contribui também para muitos outros tipos de cancro; de facto, 80% das mortes por cancro estão relacionados com esse hábito. Os fumadores correm um risco muito maior de cancro da boca, garganta, laringe, esófago, bexiga, rins, pâncreas e colo do útero e tem 3 vezes mais probidades de morrer de cancro do que os não fumadores.

   Os perigos do tabaco não se limitam à doença cardíaca e ao cancro. Uma vez que afeta a capacidade do organismo manter os pulmões limpos, fumar contribui para doenças respiratórias, como a asma, a bronquite, a pneumonia e o enfizema. Também se pensa que fumar aumenta o risco de fratura da anca, ulceras pépticas, cataratas e declínio mental prematuro.

   Todos os produtos de tabaco, mas especialmente os cigarros, aumentam o risco de infertilidade tanto nos homens como nas mulheres. As mulheres grávidas que fumam correm risco de aborto e aumentam a probabilidade de terem um bebé prematuro ou nado-morto e a mortalidade infantil em geral. Além disso, os filhos de mães fumadoras têm mais probabilidades de nascerem com peso a menos e são também muito mais vulneráveis à asma e infeções nos ouvidos.

     ESCOLHA O SEU VENENO

   Há quem pense, erradamente, que fumar cachimbos ou charutos, usar rapé ou mascar tabaco é menos perigoso do que fumar cigarro. Não é verdade. De facto, muitos destes produtos podem ser ainda mais nocivos do que os cigarros. Um charuto grande contém mais tabaco do que um maço inteiro de cigarros. Comparado com o cigarro, o charuto tem 90 vezes a quantidade de nitrosaminas, substâncias que são poderosos carcinogéneos. Mesmo um charuto pequeno contém substâncias químicas tóxicas - 7 vezes a quantidade de alcatrão, 4 vezes a de nicotina e 11 vezes a de monóxido de carbono de um cigarro.

   Embora não se fumem, em regra, tantos charutos como cigarros, reduzindo ligeiramente as probabilidades de cancro do pulmão e doença cardíaca, o tamanho dos charutos anula essa eventual vantagem, tornando-os tão prejudiciais como os cigarros. Além disso, se fumava cigarros antes de fumar charuto, é provável que inale mais o fumo dos charutos do que os não fumadores.

   Embora o tabaco de cachimbo possa ser menos perigoso, dependendo da mistura, também possui a sua parcela de riscos - como é o caso do cancro da boca, que é em parte atribuído ao calor e á fricção provocados pelo cachimbo. Tanto o fumo do charuto como o do cachimbo são consideravelmente mais alcalinos do que o fumo dos cigarros. Assim sendo, as substâncias químicas cancerígenas ali presentes podem ser absorvidas pelos pulmões com mais rapidez e facilidade. Os não fumadores que frequentam bares ou outros locais em que se fumam charutos devem ter consciência de que o fumo dos charutos é mais perigoso do que o fumo dos cigarros.

   Quanto ao tabaco para mascar e ao rapé, as notícias são igualmente más dado que contêm maiores concentrações de nicotina o organismo está diretamente a elas exposto durante períodos mais longos, esta forma de utilizar o tabaco causa ainda maior habituação do que os cigarros. Infelizmente, o hábito de fumar começa cedo: mais de metade dos fumadores começou a fumar aos 13 anos.

     REDUZIR OS PERIGOS DO TABACO

   A única boa noticia em toda esta questão é a de que ao deixar de fumar qualquer tipo de tabaco, em qualquer altura da vida, cessam imediatamente as várias agressões ao organismo e diminuem significativamente os riscos de doenças futuras. Por exemplo, 10 anos depois de deixar de fumar o risco de um ex-fumador contrair cancro do pulmão baixa 50%.

   No que respeita a doença cardíaca, também se observam espetaculares reduções do risco, já que após 15 anos sem fumar o risco de doença cardíaca coronária é mais ou menos igual ao das pessoas que nunca fumaram.

   Embora muitas pessoas achem que deixar de fumar de repente é o método que dá mais resultado, existem muitas alternativas, quer por meio de metodologias diferentes, quer através de diversos medicamentos. O passo mais importante, no entanto, é querer deixar de fumar. Se voltar a fumar apos um período longo de abstinência, não desanime; deixar um vício não é fácil e por vezes exige algum treino.

 

   O MITO DOS CIGARROS «MAIS SEGUROS»

   Muitos fabricantes de cigarros lançaram no mercado versões dos seus produtos com «baixo teor de alcatrão» e «baixo teor de nicotina». Mas serão estes cigarros de facto mais seguros? Não são. Os estudos provam que os fumadores acabam por inalar mais e com mais frequência o fumo deste tipo de cigarros e fumam-nos quase até ao fim - aumentando assim realmente os perigos para a saúde. Mesmo se fumados com cautelas, estes cigarros podem não ser significativamente menos perigosos do que os outros que estão disponíveis no mercado.

   Os cigarros de mentol, por exemplo, são tão calmantes que os fumadores inalam mais e retêm o fumo nos pulmões durante mais tempo. Os cigarros com filtro, embora reduzam ligeiramente as toxinas, levam os fumadores a inalar mais, aumentando o risco de um tipo de cancro do pulmão chamado adenocarcinoma. Além disso, os cigarros «sem aditivos» possuem nicotina, fonte de habituação, e alcatrão, que provoca o cancro.

   Ironicamente, os cigarros produzidos antes de 1950 sabiam tão mal que os fumadores inalavam menos, tornando-se desse modo menos perigosos.

 

 







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