Revista PowerPlay

Caros leitores,

Comecei a jogar PPM depois de clicar num link na internet. Tinha começado a jogar futebol, então criei uma equipa de futebol. Pareceu-me que toda a gente tivesse as mesmas possibilidades aqui e que o pack PRO, apesar de tornar o jogo mais fácil, não te dava nenhuma vantagem real por dinheiro reak. Não é necessário gastar todo o nosso tempo livre no jogo todos os dias. Tudo o que é preciso são uns quantos clicks e a equipa está pronta para progredir. Sempre fui um dos críticos de muitas coisas no jogo, mas, apesar disso, o jogo tornou-se uma paixão minha. Foi pelas pessoas, que tornaram tudo isto mais do que apenas um jogo. Conheci pessoalmente muitos dos gerentes, bem como os criadores, do jogo. Isso fez o jogo destacar-se para mim. Infelizmente, o ambiente familiar tem gradualmente desaparecido e a maioria dos gerentes que eu conheci graças ao jogo já abandonaram as suas equipas. Pergunto-me o que os terá levado a fazê-lo. Muitas pessoas dizem que está de morrer. Que a comunidade, que era tão próxima, já não existe como era. Mas ainda há vários gerentes aqui, boas pessoas, com quem se pode falar nos fóruns e muitos dos quais são rivais nas ligas. Perguntei ao senhor Ivan Krechňák, mais conhecido como tuttle de que forma ele vê as coisas.

O que levou à criação do PPM ou pode contar a história brevemente?

Vários anos ante de fundarmos a empresa, estive a ajudar/cooperar noutros jogos de gerência. Primeiramente, era um jogador ativo com ideias e, mais tarde, como um membro interior da equipa. Em 2007 fundei a minha empresa com duas outras pessoas e o nosso objetivo era lançar o jogo no mercado com a possibilidade de um portal multidesportivo que não estivesse disponível em qualquer outro jogo nessa época. Então começamos a trabalhar nisso e, como sabe, lançamos o nosso primeiro jogo em 2009, o qual foi um jogo de gerência de hockey. Foi muito difícil, trabalhamos nisso durante muito tempo, apenas nós os três. Mais tarde, acabámos por ser quatro e o lançamento ou não do jogo estava por decidir. Lembrei-me de uma estratégia de marketing pouco usual, onde tínhamos 100,000 pessoas já inscritas no jogo sem sequer terem um jogo, e começamos a receber mensagens a dizer que apenas éramos um coletor de endereços de email para marketing e que eramos uma fraude e coisas do género. Por fim, o hockey foi lançado em 2009, e assim começou a nossa aventura.

Como se recorda das alturas em que havia encontros, a comunidade estava a crescer e o jogo a ser desenvolvido?

Foi espetacular e único. Tenho muitos bons amigos dessa época, muitos dos quais já não jogam os nossos jogos, mas ainda ligamos uns aos outros de vez em quando para nos encontrarmos. Na altura, sentia que as pessoas nos apoiavam e que estávamos a fazer alguma coisa por eles. Acho que havia umas 100 pessoas no encontro que quebrou os recordes, em Praga. É de se lhes tirar o chapéu...

Porque é que este ambiente familiar, que tornava isto mais do que um jogo, desapareceu?

Lamento quanto a isso, mas a verdade é que crescemos tanto que fomos além do ponto em que se faz as coisas só por entusiasmo enquanto se bebe chá. As pessoas normalmente não percebem duas coisas:

1. Um projeto como estes custa imenso dinheiro, se trabalharmos ativamente. As receitas dos anúncios chegaram ao fundo do poço basicamente depois de 2009. Já não são um fator.
2. O PowerPlay Manager foi criado numa altura em que os modelos de financiamento para jogos eram totalmente diferentes dos atuais.

Não deixamos o PowerPlay sozinho, estamos a fazer umas atualizações, mas são coisas menores. Sinceramente, se o modelo financeiro no jogo não é arranjado, não há nada grande. Para alterar o modelo financeiro, requereria um apoio da comunidade de jogadores.

Planeiam adicionar novos desportos?

A esta altura, como disse, não é possível. Se acharmos que a comunidade vai aceitar a mudança do modelo financeiro do jogo e a implantação de novas características de créditos que darão vantagens a um jogador que pague, provavelmente iríamos por aí e começar a trabalhar noutro desporto e alguns melhoramentos.

Planeiam recomeçar algum dos desportos?

Neste momento, não, mas estamos a trabalhar num novo jogo de hockey que vai ter fortes elementos de direção. Deve ser lançado no próximo ano para que haja alguma coisa para os fãs do hockey.

Que conselho daria aos gerentes para impedir a perda de motivação?

Motivação é uma coisa complicada. Jogos como este têm um problema sério nesta altura. Hoje em dia, é tudo sobre jogos onde se pode ter sucesso rápido e só é peciso investir 5 minutos. Mas os jogos de gerência requerem a mesma coisa que a vida - fazer as decisões certas e trabalho de longo trabalho de equipa. Portanto, acho que a melhor motivação é estabelecer um objetivo no jogo e tentar concretizá-lo. Muitas pessoas tentam começar o jogo do início e isso é uma maneira de o fazer.

Quais são as suas observações finais?

Gostava de agradecer a todos os nossos jogadores, especialmente a todos os que nos ajudaram ao longo dos anos. Vocês são fantásticos e estou grato por vos ter conhecido.

Fiz esta entrevista com o Ivan há algum tempo, mas se tivesse sido feita neste período de tempo pré-festejos, tenho a certeza que ele vos desejaria um Bom Natal, paz e atmosfera familiar. Gostava de vos desejar a todos o mesmo e também gostava de vos desejar muitas boas decisões no ano novo.