Revista PowerPlay

Faaaala galerinha do PPM. A Revista PP volta de um periodo sabático em meio a essa semana de mundiais de handebol.

O Brasil estreia na competições numa posição privilegiada, que merece ser exaltado. Figura na vice-liderança do ranking nas TRÊS categorias, somente atrás dos atuais campeões húngaros (siiim, a Hungria faturou tudo na T21).

Se os títulos ainda não vieram pra ratificar todo esse bom trabalho que já vem de algum tempo, vale o consolo de ser talvez a “ótima geração belga™” do handebol PPM.

Nessa temporada a Sênior se classificou com duas rodadas de antecedência para a fase final e detém até então a 3ª melhor pontução dentre as 40 seleções do ranking.

As seleções de base apresentam resultados ainda melhores. A Sub-19 repete feito da temporada passada chega na semana 16 com um histórico de 13 vitorias e 1 derrota , alcançando 2ª melhor marca da categoria. A sub-21 também tem a segunda campanha da temporada, com um histórico 11 vitorias, 1 empate e apenas 2 derrotas, e jogando boa parte das eliminatórias com time B.

O Brasil teve, assim, o privilégio de encabeçar um dos grupos no sorteio para a fase final. O que não significou necessariamente vida fácil para os playoffs. O grupo na sênior, por exemplo, foi um pouco indigesto. A Servia era o que tinha de mais indesejavel no pote 5, e veio parar justo no nosso grupo 1. A Eslovênia é a grande candidata a 1ª posição, e Brasil, Romenia, Russia e Servia deve degladiar em pé de igualdade pelas 3 vagas restantes.

Na sub-19 a nossa seleção deve confirmar a vaga para os playoffs tranquilamente. Mas com a companhia das tradicionais Eslováquia e Russia no grupo, o 1º lugar deve ser disputado. São duas fortes candidatas ao caneco. Somando-se, claro, as maiores campeãs da categoria, Hungria e Rep. Tcheca. E vale ficar de olho nos times da Alemanha, Argentina, Eslovenia e Irã.

Pra falar sobre sub-21, tivemos um bate papo com quem melhor conhece da seleção, o @pietroallec, ou simplesmente Pietro.

Primeiramente parabéns pelo grande trabalho nas últimas temporadas. Pra essa edição do Mundial o que você achou do nosso grupo inicial?

Muito obrigado, tem sido um trabalho bem complicado. Pegar um time que não tinha muito futuro, com diversas dificuldades, top 20 mundial e chegar ao top 2 não foi nada fácil, mas com muita paciência e dedicação, conquistamos esse patamar. Agradeço muito aos que ajudaram a U21 chegar onde está, Maycon e o Tessa que me acompanharam como auxiliares e a você que nos dá alguns conselhos valiosos.

Com relação ao grupo do mundial, pode-se dizer que é o grupo da morte, todos os times com forças próximas. Ainda mais com o empate desse sábado contra a Bélgica, o suposto time mais fraco da chave, mas, se tudo der certo, conseguimos nos classificar e fugir de algum monstro nas oitavas haha.

Alguma ausência sentida para a edição dessa temporada?

Com certeza a Finlândia. Estava vindo com tudo nas últimas temporadas, ganhando de alguns times bem fortes e nessa temporada não conseguiram se classificar.

Qual o grande trunfo do Brasil pra esse Mundial?

Considero algumas coisas como o diferencial da nossa seleção:a energia que conseguimos chegar no mundial, cerca de 92/94 por jogador; o entrosamento, pois toda temporada consigo colocar os mais jovens para jogar de MA na fase classificatória, chegando em cerca de 40% com o time principal para o mundial e, além disso, a tática padrão (5-1 e equilibrado) tem dado ótimos resultados para a nossa equipe.

A Rep. Tcheca tem feito um trabalho intensivo de base ultimamente e o poderio do time eu diria que assusta até algumas seleções sêniores. São os favoritos disparados pra essa temporada, ou tem algum time que emparelharia?

Realmente, a Rep. Tcheca sempre chega com um time que destoa muito dos outros com relação à força, junto com a Hungria. Nessa temporada eles vêm com uma força ao redor de 240, sendo muito mais forte do que todas as outras equipes do mundial. O único time que chega perto é a Hungria, com cerca de 215.

Na minha opinião, realmente são os favoritos, junto com os húngaros, mas como o simulador é algo que nem sempre "dá" a vitória para o mais forte, pode ser que, no fim, sejamos surpreendidos.

Nas ultimas edições o Brasil em duas oportunidades esbarrou nos húngaros, e em outra oportunidade caiu para Rep. Tcheca, que não ficava pra trás. Nessa edição, ao menos até as oitavas (que o nosso Deus simulador queira que estejamos lá hehe) não cruzaremos com eles. Por outro lado, tem uma geração russa campeã sub-19 que pode pintar pela frente. Você acredita que tendo uma situação favorável na ultima rodada da fase de grupos vale “perder de propósito” pra adiar um confronto com um bicho papão?

Pois é, nas últimas três temporadas viemos com muitas chances de chegar até as semifinais, porém esbarramos com os times finalistas nas fases anteriores e acabamos não progredindo, infelizmente.

Nessa temporada, felizmente só poderá acontecer a partir das quartas. Caso consigamos classificar para as fases e tivermos a possibilidade de "escolher" com quem jogar nas oitavas e quartas, com certeza será algo que eu e o Tessa conversaremos para ver a melhor possibilidade de chegar mais longe.

Valeu pela entrevista Pietro, grande abraço!

Gostaria de agradecer a oportunidade e aos colegas que sempre ajudaram no jogo, nunca imaginei que poderia ser entrevistado pelo trabalho com a U21. Seguimos trabalhando para conquistar a sonhada medalha na U21.Não esqueçam de evoluir as AE's para a chegada de novos jovens para o nosso brasilzão, estamos juntos, seguimos torcendo. Um abraço!

Os jogos acontecem durante toda a semana. As sub-19 jogam entre 13h30 e 14h30; as sub-21 entre 18h30 e 19h30, e as seleçoes seniores, entre 19h30 e 20h30, ambas horario de Brasília. Vale conferir e torcer!