Temporada 2 - Liga dos Campeões
No final da segunda temporada de Andebol faremos uma retrospectiva sobre a participação das equipas portuguesas na Liga dos Campeões. Para isso entrevistamos os dois participantes portugueses: Minisnowball (Joaquim Antunes) que levou a sua equipa, Bastardinys Andebol Clube, a um fantástico 4º lugar e Larsson22 (Marc) colocou a Cape Verde Sharks no 33º lugar.Colocamos-lhes quatro questões e aqui estão as suas respostas:
1. Esperavas esta classificação?
Minisnowball (Joaquim Antunes)
Não, confesso que no início não esperava chegar tão longe. Tinha como objetivo passar a fase de grupos. Era um grupo equilibrado e com boas equipas. Cedo se constatou que haveria três candidatos para duas vagas. Com a equipa grega a "entrar a matar", jogando em "Muito Alta" as primeiras partidas. Isso criou um problema. Obrigando-me a elevar o consumo de energia para poder passar à segunda fase. Isso ajudar-me-ia a passar à segunda fase, embora também me viesse a custar a perda da liga no plano interno. Passada a primeira fase, de seguida foi jogo a jogo. Os dois primeiros passados com relativa facilidade, mas sendo sempre "obrigado" a jogar em "Muito Alta". Depois, nos Quartos-de-final, o primeiro grande teste da segunda fase, contra uma equipa da Rep. Checa. Vitória por um golo de diferença, e aí acreditei que poderia chegar à grande final. Mas foi "sol de pouca dura". Isso coincidiu com o playoff da liga. Notei de imediato que havia um acentuado abaixamento de desempenho dos meus jogadores. "Estoiraram" duas semanas mais cedo que o desejado. Nas meias perdi de forma clara contra uma equipa que estava ao meu alcance, e o jogo de atribuição do terceiro lugar foi um penoso calvário. Para concluir, de inicio não esperava esta classificação, mas quando cheguei às meias, podia perfeitamente ter chegado à grande final.
Larsson22 (Marc)
Sim, a temporada internacional aconteceu de forma esperada. Logo de início conclui que não tinha equipa para competir de uma forma consistente na Champions League pelo que optei por adquirir apenas experiência.
2. A tua forma de jogar foi semelhante à utilizada nos jogos internos?
Minisnowball (Joaquim Antunes)
A forma de jogar foi semelhante no aspeto do plantel usado e da tática selecionada. Foi diferente apenas na energia com que joguei as partidas. Tendo obviamente que elevar o consumo para poder discutir os resultados.
Larsson22 (Marc)
No geral penso que sim, apenas procurei não gastar tanta energia.
3. Que diferenças achaste entre as equipas de topo europeias e as portuguesas da Liga I?
Minisnowball (Joaquim Antunes)
As diferenças são evidentes e óbvias. As equipas de topo a nivel internacional, são bem mais fortes que as equipas da nossa principal liga. Mas isso é perfeitamente natural, estamos a falar dos campeões e vice-campeões das restantes ligas. Liga ao nível da Champions, de momento só talvez a da Suécia. Aí existem várias equipas de grande qualidade. Em breve poderão existir outras, mas a Champions será sempre maior em termos de qualidade e dificuldade. E o fosso para nós será cada vez maíor, à semelhança do que acontece nas outras modlidade. O dinheiro falará mais alto, e aí, nós somos um parente pobre do PPM.
Larsson22 (Marc)
Nesta fase o nível é mais ou menos semelhante em todo lado.. claro que é mais competitivo que a liga nacional porque há mais equipas a um nível alto, mas vimos pelo Bastardinys que indo à meia-final mostrou que neste momento não estamos muito longe.
4. Para a nova época, que expectativas tens para a nova participação europeia?
Minisnowball (Joaquim Antunes)
Para a nova temporada, as expetativas são as da presente. Passar a fase de grupos. Vamos ver a composição do grupo, e depois logo se verá. A próxima edição vai ser mais difícil. Há equipas fortissimas que na primeira temporada não estavam nas primeiras ligas (por exemplo, o vencedor da TVT, nosso conhecido candidato a selecionador nacional, entre outros) e que nesta foram campeãs, que se vão juntar às outras que vêm da primeira temporada. Vai ser mais difícil, mas vou tentar, mesmo sabendo que a nível interno isso me irá mais uma vez prejudicar.
Larsson22 (Marc)
Vamos ver o que o sorteio nos reserva. Não tenho uma equipa tão forte como o Bastardinys, dai a maior dificuldade que tenho na Champions, que ao ser disputada no início da temporada, a energia não é de início fator diferenciador e é esse que tem sido o fator a meu favor nos playoffs da liga.
Esperamos que esta entrevista tenha sido do vosso agrado e tenha também dado algumas dicas valiosas para futuras participações em competições internacionais. Pessoalmente retenho uma ideia clara, a dificuldade em gerir a energia dos jogadores do nosso plantel, nomeadamente dos mais fortes, para poder corresponder a todas as competições. Isto levanta uma questão: o nosso plantel é equilibrado, ou para conseguir ter melhores jogadores sacrificamos a segunda equipa?
Aproveito para em nome da equipa do PPM Magazine desejar a todos um ano de 2014 repleto de saúde, felicidade e muito sucesso.
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