Momento de Poesia
A Poesia
“Para mim a poesia não obedece a regras nem segue nenhuma linha mestra, não tem princípio nem fim, é apenas e só algo que sentimos no nosso interior... ou no “nosso” exterior. É algo de não palpável, como o amor “...amor é fogo que arde sem se ver...”, que não podemos ver mas apenas sentir.
A poesia, só o é, quando a escrevemos sem pensar em nada... e em tudo! A noite pode ser dia e o dia noite, na poesia o branco nem sempre é mais claro que o negro mas simplesmente... branco!
A poesia é fazermos do mundo em que vivemos um mundo melhor... ou pior, consoante a forma como o vemos.
A poesia é o amor e a morte, o azar e a sorte. E quem a lê, se a sente é um poeta... se não sente é porque não sabe que a poesia é assim!...”
José Sarmento - 09 Janeiro 1984
GOSTAVA DE SER UM SER INSENSÍVEL
DE CONSEGUIR VIVER COBARDEMENTE
SEM MEMÓRIAS.
E GOSTAVA TAMBÉM DE SER INVISÍVEL
QUANDO ME CRUZO COM FANTASMAS
DE OUTRAS ESTÓRIAS.
GOSTAVA DE PODER FAZER JUSTIÇA
PELAS PRÓPRIAS MÃOS,
GOSTAVA DE DIZER AOS LOUCOS
QUE SÃO SÃOS,
DE TER MAIS VIDA OU DE PODER
VOLTAR ATRÁS,
DE NÃO SABER O CALENDÁRIO
GOSTAVA, ALIÁS...
...DE NÃO TER HORÁRIO!
HÁ COISAS PIORES QUE A MORTE,
HÁ O VIVER EM DESNORTE,
E SEM SORTE.
José Sarmento, 26-05-2007
FANTASMA DE MIM
SOU O FANTASMA QUE POVOA OS SONHOS
QUE SE ARRASTA PELO PENSAMENTO
SOU AQUELE DOS GRITOS MEDONHOS
QUE OUVES NO MEIO DO VENTO
QUE SE ESCONDE NA SOMBRA DA LUA
QUE SE ESGUEIRA PELA NOITE FRIA
SOU O QUE ASSOMBRA A MULHER DA RUA
E FAÇO A JUSTIÇA QUE EU PRÓPRIO NÃO QUERIA
SOU O FANTASMA DE MIM
VAGUEIO PELO PASSADO
PERCORRO AS RUAS DA VIDA
NUM IMAGINÁRIO CAVALO ALADO
SOU FANTASMA DOS DIAS DO FIM
FANTASMA PRESENTE DE ESPÍRITO AUSENTE
FANTASMA ASSASSINO DO MAGO ALADINO
FANTASMA DOS SONHOS
PENSAMENTOS MEDONHOS
SOU O VENTO DA LUA
A FRIA MULHER DA RUA
FANTASMA DE MIM
SOU O PRINCÍPIO DO FIM
20 de Março de 2008
José Sarmento
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