Revista Retrô
Aproveitando a vibe de reprises de eventos esportivos que tem inundado os canais de TV a Revista PP resolveu também relembrar um grande jogo do nosso país. O dia: 09 de janeiro de 2014, temporada 15. O jogo: quartas de final do Mundial sub-17, Brasil contra Eslováquia.
O contexto da época é difícil de se obter. A narrativa ficará em algo no estilo Luis Carlos Jr narrando a copa de 1970. O Brasil saiu de um grupo inicial difícil, beneficiado pela boa vitoria na estréia. Nas oitavas, outro jogo que poderia ser rememorado por aqui. Um Brasil x Argentina com final de prorrogação eletrizante e triunfo brasileiro nos pênaltis. A adversária Eslováquia era o time a ser batido na competição. De longe a maior força. Também trazia um excelente histórico consigo sob o comando de j400. Era a atual campeã do Challenge A e da Copa do Mundo da categoria. Teoricamente não teria dificuldades na fase de grupos, ELA era a dificuldade do seu grupo, fato perceptível pela força mostrada pelo time reserva que atuou na estreia contra Suíça. No entanto, os resultados acabaram não traduzindo o domínio exercido nos 90 minutos e a equipe só avançou na 2ª posição do grupo 3, ficando na nossa chave no mata-mata.
Os 30 minutos da prorrogação contra a Argentina tinham deixado problemas sérios para o confronto das quartas de final. Sandro Aranha, o principal homem da zaga, estava suspenso pelo 2º cartão amarelo, assim como Romerito Matarazzo, o lateral esquerdo titular. Um péssimo sinal diante de uma Eslováquia que recorrentemente jogava explorando aquela ala.
Kcoelho e everal10 optaram então por povoar o meio campo com Mariano Mairinque, sacando o até então artilheiro da equipe Jorginho Leripio.
As colunas em vermelho detalham as ações eslovacas e as verdes as tentativas ofensivas brasileiras.
O lado direito eslovaco/esquerdo brasileiro foi um detalhe preponderante no jogo como se esperava. A ala esquerda brasileira abarrotada de faltas cometidas culminou na expulsão de Amilton Antunes aos 27 do 2º tempo. A pressão adversária seguiu forte, mas felizmente sem sucesso, e o jogo foi para a prorrogação. Aos 5 minutos, após mais uma expulsão e ainda do nosso zagueiro pela esquerda, um gol eslovaco era ainda mais esperável com a força defensiva maculada. A partida porém seguiu sem muitos apuros, era realmente o dia da nossa seleção. O jogo foi para o pênaltis. Os brasileiros converteram todas as suas cobranças; já do lado eslovaco o meia Hejtmanek cobrou pra fora e Benes teve sua cobrança defendida por Bartolo Itajara. O Brasil milagrosamente avançava pra uma honrosa medalha de prata ao final da competição, a primeira do país em mundiais.