PowerPlay περιοδικό

“Os objetivos são passar a fase seguinte, o mínimo que se pode pedir a uma seleção com este potencial”

Sendo esta a tua primeira época à frente da seleção sub18, como te autoavalias, como está a decorrer nestas novas funções?

Primeiro de tudo quero agradecer o facto de terem acreditado em mim, e me terem eleito selecionador. Agora respondendo a pergunta, acho que tenho reunidas todas as condições para fazer um bom trabalho, e atingir bons resultados, já tenho alguma experiencia como selecionador sub-20 de futebol, e aqui o conceito é o mesmo, embora o desporto seja completamente diferente o conceito é o mesmo, preparar jogadores para os escalões superiores e ao mesmo tempo obter resultados positivos.

Olhando para o plantel que orientas, que forças e que fraquezas encontras? Há posições no ringue que te causam alguma preocupação?

Para já apenas a defesa me preocupa um pouco, visto que temos menos opções em relação ao ataque, mas os poucos temos têm bastante qualidade e penso que estão a dar bem conta do recado e vão pôr de certeza absoluta as defesas adversárias em sentido.

Ainda que o Mundial esteja distante, tens já uma equipa definida?

Sim, a equipa está mais ou menos definida, mas há sempre alguns ajustes a fazer e claro que podem haver surpresas jogo a jogo, porque temos excelentes jogadores que nos dão várias opções.

Quais são os teus objetivos para o mundial?

Os objetivos são passar a fase seguinte, isto é o mínimo que se pode pedir a uma seleção com este potencial, depois é ir jogo a jogo e tentar ir o mais longe possível, e sinceramente acredito que esta equipa tem todas as condições para fazer um excelente campeonato.

Sendo a seleção sub18 a porta de entrada dos jogadores nas seleções, vês algum jogador capaz de assumir um lugar de destaque no futuro das seleções nacionais?

Penso que o Jacinto Osório tem capacidades para isso, ainda tem uma boa margem de progressão e acho que pode ser importante nos outros escalões futuramente. Mas é claro que existem mais alguns jogadores que, bem trabalhados, podem ser muito úteis.

Sendo esta seleção a porta de entrada, como olhas para o panorama nacional no que toca ao futuro? Tens visto bons jovens de 15 ou 16 que possam fazer parte da seleção num futuro próximo? Achas que ainda continuamos a apostar no que vem de fora em detrimento dos “produtos das academias”?

Bem isso é um tema um pouco mais delicado, mas acho que temos boas opções para o futuro, aliás já tenho alguns jogadores de 17 anos convocados que ainda vão ser muito úteis. Mas é um facto que existe uma boa parte de bons jogadores portugueses que atuam no estrangeiro.

Estamos no Grupo 2 da Divisão I, juntamente com a Suécia, a Áustria, a Argentina, a Bielorrússia e a Roménia. Que avaliação fazes dos nossos primeiros adversários? Quais serão os nossos principais opositores?

Acho que são equipas bastante acessíveis, e certamente que iremos ter bons resultados tal como já está a acontecer. Talvez a Bielorrússia seja a equipa que nos possa causar algumas dificuldades.

Ainda que também esteja longe, ponderas recandidatar-te no final da época? Ou fazes depender essa decisão do Mundial?

Independentemente dos resultados deste mundial, em principio irei recandidatar-me, porque acredito no meu trabalho e também no trabalho do meu adjunto que é excelente. Mas tenho confiança que vamos ter bons resultados neste mundial.

O teu adjunto é o capitão da equipa nacional de suporte, o metro56. Como tem sido a vossa interação, o vosso trabalho conjunto?

Tem sido excelente, já trabalhava com o metro56 nos sub-20 de futebol à algum tempo, e aqui foi só dar continuidade, é muito fácil trabalhar com ele, e ele é muito organizado naquilo que faz.

És dos users mais ativos em Portugal: selecionador sub18 de hóquei, selecionador sub20 de futebol, equipas nos 3 desportos já criados. Como geres o teu tempo? Com tanta coisa para fazer, a tua vida aqui no PPM parece uma autêntica roda-viva… Conta-nos um pouco do teu segredo para conseguir estar em todas, por assim dizer…

Admito que tem sido um pouco complicado, não só pelo jogo, mas principalmente pela minha vida profissional, que não tem sido fácil e ocupa-me muito tempo, mas tento estar o mais ativo possível e o mais próximo possível do jogo. O metro56 tem um papel muito importante, porque ajuda-me muito, posso dizer que sem ele seria muito complicado dar conta do recado. Mas quando se gosta arranja-se sempre um tempinho, e eu gosto muito de fazer parte da família PPM e por isso embora dê muito trabalho, tenho muito orgulho em estar presente em todas estas modalidades e ser selecionado.

Obrigado a todos, eu e o metro56 vamos fazer tudo que esta ao nosso alcance para atingir bons resultados.

Abraços

Entretanto, a seleção principal, na Divisão TOP, não começou bem o grupo de despromoção, depois de ter perdido contra a Finlândia por 3-0. Com este resultado, a 4ª derrota em outros tantos jogos, a seleção lusa encontra-se em situação muito difícil com vista à manutenção na principal divisão do hóquei. Os próximos jogos, contra a Alemanha, amanhã, e contra a Suíça, na 5ª feira, ditarão o destino das seleção principal.

A seleção de sub20, depois de um triunfo fantástico sobre a Rússia, uma das potências do hóquei aqui no PPM, voltou a claudicar hoje, frente ao Canadá, por 4-1. No entanto, as aspirações da equipa comandada por furaredes mantêm-se intactas, bastando obter um bom resultado, na última jornada, contra os EUA.  

Como se disse acima, a seleção de sub18 é que continua a proporcionar muitas alegrias: segue isolada no comando do seu grupo, após as vitórias sobre a Áustria, ontem, por 2-0, e sobre a Argentina, hoje, por uns convincentes 6-1. A seleção comandada por joao lopes pode assim ir descansada para a última jornada do grupo na certeza de que o 1º lugar está, praticamente, assegurado.