(Futebol) Copa do Mundo T22
Os Mundiais no futebol são eventos únicos, singulares. São 4 temporadas de aguardo (façam as contas aí 4 x 112 - 7. Dá dias pra caramba, mais de 1 ano). E na ultima semana, tudo isso rolou nos nossos domínios. Pela primeira vez a Copa do Mundo deixava a Europa e atravessava o Atlântico.
A opção pelo nosso Brasil não teve lá contornos tão dramáticos. Tal qual o futebol real, a escolha veio após candidatura única, o que não diminui a importância do feito.
E tal qual no futebol real os donos da casa decepcionaram feio. Se o vexame da seleção de Felipão aconteceu nas semifinais, a seleção de Tafarel nem sequer chegou a disputar a competição, caindo ainda nas eliminatórias.
Tal fato deve ter desviado o interesse da comunidade durante a semana então a Revista PP faz aqui um apanhado do que aconteceu na competição.
O grupo 1 tinha uma boa Eslovenia mas com gestão desleixada, que esqueceu de mudar a importância para o campeonato. A França aproveitou disso e aplicou a maior goleada da competição no jogo pela 2ª rodada, naquela que teria sido a única grande exibição do Les Bleus na Copa, o bastante para se classificar para as oitavas. A liderança do grupo coube a Lituania.
No Grupo 2, tínhamos três ex-republicas soviéticas e um Mexico. Pouco se esperava da seleção latina mas eles seguraram a onda contra Ucrania e Letonia e conseguiram o garantir o 2º lugar; o 1º lugar ficou com os letões.
Seleçoes asiáticas nunca tinham avançado a um mata-mata de Copa do Mundo, mas Taiwan tratou de quebrar essa escrita já na 2ª rodada, se classificando antecipadamente depois de vencer a Austria, numa das grandes zebras da competição, e Escocia. Todavia acabaram perdendo o 1º lugar do grupo para a Polonia na ultima rodada
Tínhamos um grupo 4 com três boas seleções. Alemanha e Hungria se deram melhor nos confrontos diretos contra a Bulgária e avançaram a próxima fase.
Tava difícil sair gol no grupo 5. Espanha e Rep. Tcheca se classificaram como esperado, mas não com a solidez esperada.
No grupo 6 tivemos uma das favoritas ao título, Croacia, cumprindo sua obrigação de vencer Noruega e Estonia, e sofrendo um revés contra a Russia num jogo que podia acontecer de tudo. Ok, 6 pontos, já dá pra avançar tranquilo, né?! ...que nada. Na ultima rodada os noruegueses aproveitaram um time russo mesclado e contaram com o veterano Krister Sharif inspirado, pra vencer por 2x1 e assim eliminar os croatas no critério de gols marcados.
O grupo 7 era talvez o grupo da morte. Não podia-se descartar nenhuma seleção. Talvez classificar a Eslovaquia, né, mas chutar a 2ª vaga era tarefa arriscada. Só que no final das contas a Holanda não rendeu em gramados brasileiros o mesmo que Robben, Van Persie & Cia. Assim então, a vitoria de virada da Argentina sobre a Belgica foi providencial para a classificação dos hermanos, que ainda ficaram com 1º lugar, por sabe-se lá qual critério, depois de terminarem empatados em saldo e gols marcados com os eslovacos.
No grupo 8 a simpática Arabia Saudita até estreou bem com os 3x0 sobre Peru, mas fraquejou nos jogos seguintes. A derrota deu uma "chacoalhada no Peru" que venceu as outras duas partidas e levou o 2º lugar; o primeiro ficou, como esperado, para a Servia.
Clique para ver como ficou a classificação e os resultados dos jogos na 1ª fase
A candidata a Costa Zika™ da versão PPM também é uma seleçao da Concacaf: a seleção mexicana surpreendeu muita gente vencendo a Lituania nas oitavas, num daqueles jogos com decisão de pênaltis intermináveis. Só que a campanha teve um fim melancólico nas quartas com um sonoro 6x1 da Polônia. Um alento talvez da partida foi ter sido o primeiro time a furar a defesa polonesa na competição até então. O time polonês era, aliás quem realizava as melhores exibições do torneio. Vitorias consistentes, com direito a 3x0 na bicampeã Hungria na fase de oitavas.
As duas seleções sul-americanas que sobraram se encararam nas oitavas num jogo emocionante. Os peruanos seguraram os argentinos mesmo com um a menos desde o inicio da partida e arrumaram um golzinho no 2º tempo do tempo extra, para fazer 2x1 e avançar. Nas quartas, mais 120 minutos, com pênaltis de bônus ainda, dessa vez contra a Espanha, que acabou vencendo por 4x2.
Letonia e Eslovaquia pegaram chaves complicadas para chegar as semis, precisando bater rivais europeus. Os roteiros das partidas foram bem parecidos. Os letões bateram os franceses por 3x1 com o segundo e terceiro gols nos minutos finais; enquanto os eslovacos desempataram aos 42’ do 2º tempo no confronto contra a Servia. Nas quartas, ambas abriram o placar logo no inicio do jogo e seguraram o resultado até o fim, contra Alemanha e Russia respectivamente.
Nas semifinais, um passeio da Polonia sobre uma Espanha cansada. #4a0FoiPouco diante de mais uma grande atuação polonesa.
Na outra semifinal, duelo parelhadissimo entre Letonia e Eslovaquia. Os letões foram melhores na primeira etapa mas não tiraram o zero do placar. Já na segunda, enorme superioridade eslovaca, que abriu o marcador aos 17’ e ampliou aos 34’, carimbando o passaporte para a grande final.
Domingo, comecinho da noite, Maracanã do CR Flamengo lotado. De um lado a Eslovaquia com todo o poderio do seu elenco, do outro a Polonia com o futebol mais vistoso da competição.
Saem as escalações, e vê-se um time polonês muito diferente do que vinha atuando, inclusive com o James Rodriguez da competição, Kamil Romaniuk no banco de reservas.
Pra completar, logo no 1º minuto da partida rola isso aí...
O tecnico então resolve tirar o substituto de Romaniuk, Andrzej Herian, para entrada de Boguszewski pra recompor o meio de campo. Mas definitivamente não era o dia dos poloneses. Aos 18’ justamente Boguzewski se atrapalhou e fez falta na área em cima de Hanzalik. Josef Rigan foi pra cobrança do penalti e não desperdiçou.
Aos 40’ Cervenansky subiu mais alto que todo mundo após escanteio, de cabeça, ampliou para os eslovacos.
No 2º tempo nem deu para os poloneses esboçarem uma reação. Logo aos 8’ falta na entrada área e Jozef Rigan apareceu de novo, com uma cobrança certeira. Daí foi só administrar o resultado e esperar o apito final para o capitão Cervenansky poder levantar a taça. A Eslovaquia conquistara o mundo novamente após 16 temporadas.
Clique para ver os resultados da fase de mata-mata.
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